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22/07/2013
As biomassas que podem ser usadas como matérias-primas serão tema de uma mesa-redonda coordenada pela União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica) durante o II Simpósio Nacional de Biorrefinarias, que acontece de 24 a 26 de setembro, em Brasília, DF. O evento é promovido pela Embrapa Agroenergia em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e a Sociedade de Engenharia Química e Biotecnologia da Alemanha (Dechema).Desde o Programa Nacional do Álcool (Pró-Álcool – 1975), o etanol ganhou importância e cresceu o número de destilarias no País. Com o setor sucroenergético em ascensão, aumentou também a quantidade de resíduos da produção. A partir daí, o bagaço da cana-de-açúcar começou a ser usado como combustível para as caldeiras e as leveduras, quando não mais ativas para fermentação, como ração animal. As empresas perceberam o valor desses resíduos e, nesse contexto, nasceu o conceito das biorrefinarias. Estratégias para adicionar valor à cadeia de biomassa serão debatidas no Simpósio. O evento contará com apresentações sobre os tipos de biomassa para biorrefinarias, os avanços em processos de produção de produtos químicos e biocombustíveis, o potencial econômico de novos produtos e sua sustentabilidade.Segundo Alfred Szwarc, consultor da diretoria para Assuntos de Tecnologia e Meio Ambiente da Associação Brasileira da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), pode-se extrair energia e um portfólio imenso de produtos a partir do reaproveitamento de resíduos. “Até poucos anos, a cana servia à produção de açúcar. Hoje, fala-se em etanol de segunda geração (2G), produzido a partir do bagaço da cana”. De acordo com o consultor, da mesma matéria-prima produz-se também biocombustíveis para aviação, biodiesel, insumos para cosméticos, lubrificantes, medicamentos, entre outros produtos químicos. “Olhando a cana, visualizamos um potencial fantástico para produção de segunda e terceira gerações”, observa Szwarc.O Simpósio Nacional de Biorrefinarias tem o objetivo de diagnosticar o setor, identificar desafios e propor soluções inovadoras para a cadeia de biomassa, para que os setores agroindustriais, de bioenergia, de química e química fina e de papel e celulose trabalhem, cada vez mais, na lógica das biorrefinarias. Para Szwarc, o Simpósio é uma oportunidade de divulgação do conceito de biorrefinaria. “Até agora, essa conceituação estava restrita aos pesquisadores. O Simpósio é oportuno para abrir as ideias de forma bem estruturada à sociedade e chamar a atenção para as oportunidades que a agroindústria pode oferecer”, comenta.As inscrições estão abertas no site www.snbr2013.com.br e os interessados podem se cadastrar com desconto até 31 de julho.Fonte: Da Redação